terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Poema sem Título


Como se mata a esperança de um amanhã?
Eu devia ter juízo e dizer: agora chega!
E quem disse que coração tem ouvidos
capazes de ouvir a razão?

Vou encontrando motivos rasteiros
para continuar a te amar,
mas se vou cair ao final e chorar,
que o espetáculo seja grande,
monumental.

E venha até mim dizendo palavras bonitas,
mentiras secretas, ilusões passageiras.
Que um amor de mentira
é melhor do que nada,
porque mesmo que o seu não seja de nada
o meu é todo verdade.

Seja meu amigo, meu irmão, meu marido
Seja comigo uma coisa, um só,
um pedaço de foto, uma lembrança doída
daquelas guardadas no álbum de fotografia.
Seja comigo uma alma, um encontro,
um abraço, um afago, um orgasmo, um beijo
Mas não seja separado.
Comigo, eu aceito o que vier.

Me diga mentiras, verdades escondidas.
Seja meu ombro, meu colo e abrigo
Por que você, quando apareceu de repente
Percebi que podia e devia ser mais que amigo
Que contigo
eu podia viver para sempre.

Vem comigo e me diga as mentiras incertas,
aquelas que toda mulher quer ouvir.
Palavras pequenas, clichês ou poemas,
mas diz aqui no ouvido, regado à um vinho...
Nos meus braços, em minhas pernas ou dentro de mim.

Só não vá, não deixe de me fazer parte de ti.
Seja amiga, irmã, mulher, companheira,
mulher faceira, sedente de beijos e abraços
mulher pequenina que segue contigo na estrada
que te manda mensagens de manhã sobre nada
mas que não sabe mais viver sozinha sem ti.

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