sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Chuva nos Olhos



A tempestade lá fora
Era pouca coisa
comparada à que está aqui dentro.
Um luta interna,
robusta e aflitiva...
Acabou-se em chuva nos meus olhos.
E foi torrencial
esse molhar,
marcando minha face amarga
com as marcas da mágoa
de amar sem ser amada.

Por que deixei rolar
as marcas da batalha
em gotas salgadas?

Eu devia ser forte, respirar
e conseguir disfarçar,
mas eu percebi que não sou forte.
Fraca.
Fraca de amor
que bambeia as pernas ao te ver,
que embaralha a língua ao tentar falar "oi",
que sorri como uma idiota
quando você me retorna a resposta.

Que bobeira amar-te!
Principalmente porque não amas
a ninguém do meu lado da espécie.

Por que esse amor não morre
ou diminui?
Por que a cada vez que repito a mim mesma
"ele não gosta"
o amor fortalece no lugar de morrer?
Por que ainda te amo,
te sinto, te desejo e ilusoriamente
sonho com teus carinhos e afetos?

Esse amor tolo que vive em mim
Não sabe parar e enxergar a realidade.
Esse amor tolo que vive em mim
Ama-te perdidamente,
porque sou eu inteira,
intensa,
completa
que quer, deseja, almeja, ama
estar, ser com você.

Simples assim...
Complicado assim...

Por isso chove nos meus olhos.

Todos os dias há tempestades no meu peito
e há dor que não acaba...
Destroços para todos os lados.

E eu só sei que chove aqui dentro,
Chove tanto que inunda e
transborda pelos olhos.

Desculpe-me se chove nos meus olhos
É porque o coração está inundado de amor e dor.

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