sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A cada dia cicatrizar


Ah! Tem dias que o coração dói!
As mãos quase não coordenam nada.
O coração perde o rumo do compasso,
descompassa e quase pára
porque o seu amor não é meu.

E os olhos choram cachoeiras de tristeza,
a boca treme ao ribombar do peso
das lágrimas salgadas,
no último adeus ao amor que não virá.

O coração fica pequeno, de dar dó,
com esse nó aqui na garganta
querendo gritar.
As pernas até bambeiam para levantar,
e uma tontura louca nos toma a fronte
porque não sabemos sem esse amor pensar.

Para esquecer, deitamos.
Na esperança do sono apagar, aliviar.

No outro dia a dor ainda ali está,
mas menos sangrenta, menos pungente...
Uma dor que nunca irá embora,
eu bem sei,
mas com a qual aprendemos a conviver.

Hoje foi um dia de menos sorrisos,
de mais verdades,
porque de ilusão não dá para se viver...

Que eu te amo, ainda não posso negar.
Mas aprenderei a transformar todo esse sentimento
em algo mais produtivo, mais salutar
que não destrua a nossa amizade,
nem a minha sanidade
e minha capacidade de amar.

Perdoa-me se o sorriso foi escaço por hoje.
Não podia sorrir quando a tristeza
de perceber que seus abraços
não serão amorosamente meus...

Perdoa-me, perdoa-me

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