terça-feira, 30 de junho de 2009

Eu queria ser um ser vazio de amor...
Não do amor fraternal, mas
do tipo de amor que se sonha,
que quer ficar junto,
andar de mãos dadas,
olhar as estrelas num dia sem luz,
descobrir que gosta de coisas
tão diversas quanto física e literatura,
contatar que só a sua voz
é capaz de vibrar minha alma
naquela música certa...
naquela música que foi feita
para o seu timbre,
que não existe ninguém no mundo
que substitua o teu cantar...
Perceber, depois de anos,
que ainda há amor...
pois o ciúme aflorou que me fez
quase chorar na sua frente.
Me segurei.
Até porque, pra todos os efeitos
eu não gosto mais de vc, não é mesmo?
E porque eu ainda aprecio o teu sorriso?
Os teus olhos com óculos sem grau?
O teu jeito irreverente
que faz a minha gargalhada vibrar?
Porque? Me diz, porque?
E todo dia eu peço pra esquecer,
peço pra não pensar, pra detestar,
mas cada vez que peço aos céus...
é quando lembro.
E lembro toda vez que peço pra esquecer...
Mas é melhor acostumar a ser só,
de quê adianta amar um homem
que não quer gostar de mim?
Que não gosta de mim?
É melhor eu me acostumar
com tudo o que tem pra solteiro...
Pois já sinto o futuro chegar,
e nele eu não procuro
mesa pra dois.

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