Não encontrei ainda ninguém
Depois desses doidos amores
que arrancaram pedaços
que fizeram as lágrimas rolarem
Nenhum rapaz fez meu coração palpitar de verdade.
Ando sempre a pensar
procurar e ansiar por um momento em par,
mas acho que nasci para o mono
o sozinho, o ímpar.
Ao mesmo tempo que quero um par,
não quero.
Querer e não querer convivem diariamente.
Quantas vezes choro querendo
Quantas vezes agradeço por não ter.
Não sei se faço parte de um quebra-cabeças
daqueles que todos tem par.
Posso ter sido um desenho geométrico
desenhado para viver só,
num tela sem mais ninguém.
Um daqueles erros que não se comete outra vez.
No momento estou entre o querer não querendo.
Meu coração não mais se dilacerou,
não mais vibrou, intoxicado
por aquelas vibrações apaixonadas de antes.
É bom porque não dói mais o peito,
mas é ruim porque não sinto mais nada!
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Sempre com a interrogação facial
a procurar em todos os rosto
um rosto específico
que nunca se torna nítido!
Mas quem será essa interrogação
que não pára de me atormentar,
que não cessa de fazer-se ausente?
Quem é esse sem rosto que
não cansa de ser procurado,
fugindo de mim?
Quem é essa peça que falta?
Esse espaço-vácuo dentro do coração?
Qual é a nota que falta na minha melodia?
Qual é o aroma que falta o meu olfato sentir?
Qual é o gosto da tua saliva
e a maciez dos teus lábios?
Quem é que ando procurando,
lendo sobre, desvendando,
mas ele não vem?
Quem é?
Quem é esse você que não pára
de destacar-se na ausência das outras presenças?
Que diabos falta pra vc chegar?
Que mais falta?
Que falta em mim para você decidir vir?
Que falta se eu ainda nem sei se vc virá?
Porque estou tão ansiosa por esperar
um alguém que sempre tarda a não chegar?
Que é um buraco nunca tapado,
uma saudade nunca matada
um fome nunca saciada,
um loucura ou paixão
jamais curada!?
Porque tantos sentimentos complexos
em relação à sei lá quem!?
Eu não sei que falta faz alguém que não sei quem?
Que não sei se vem?
Mesmo assim...
Que falta você me faz!
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