Amor, Dor e Poesia
Algumas vezes é amor, outras dor e o restante é poesia
terça-feira, 26 de agosto de 2025
Diz que é amor
domingo, 3 de agosto de 2025
Escolhida
terça-feira, 15 de julho de 2025
Como conjuga o verbo desejo?
Como conjuga o verbo desejo?
Se eu usar o passado simples,
A pulsação já foi, passou.
Mas se foi e ainda é?
Que verbo se usa e que não sei qual é?
Parece até o Chaves pedindo desculpas
É um sem querer, mas querendo.
É um arrependimento desejoso de repetição.
É filme repassado um bilhão de vezes
No cinema da memória.
E o coração pulsa de novo,
A mão vibra, o corpo água...
O que a gente faz com o verbo desejo?
Onde esconde? Onde muda a direção disso?
segunda-feira, 14 de julho de 2025
Eu queria mais que teu abraço
Não tô dizendo que não são bons,
Meu Deus, como são!
Parece retorno pra casa,
Momento que o plexo solar
Desabrocha e eu sinto
eu, você e nós...
Essa coisa de pele, de mãos, de toque
É inebriante, gostosa, viciante...
Mas eu quero mais do que beijos trocados,
que mãos atrevidas e olhares apimentados.
Eu quero mais do que isso.
Eu sou mais que isso!
Eu queria ser aquela pra quem você volta,
A doida que divide um neurônio contigo
nas risadas e piadas que só a gente entende,
Queria costurar tua roupa rasgada
e mostrar pro mundo inteiro
que eu te cuido e te desejo.
Mas queria chorar no teu peito
sem medo e sem culpa.
Queria viver uma vida
jurando a próxima de tanta vontade de estar junto.
Queria ser tua massagista amadora
que termina qualquer coisa simples
numa safadeza com você.
Queria deixar minha mão ser bem atrevida,
te acelerar os batimentos enquanto
toco uma parte tão boa de você.
Queria ser seu lar e não só lambidas...
Queria ser teu porto seguro pra tudo...
Queria ser teu primeiro e último pensamento.
Mas se eu for só a fantasia, o fetiche...
Por mais desejosa, aguada e faminta
que eu me encontre...
Eu digo, entre lágrimas, que não.
Quero e não posso.
Quero demasiadamente muito e não devo.
Quem sabe isso tudo só eu penso...
e sua mente está tranquila,
vazia, serena e eu aqui,
rasgando palavras pra seguir
domingo, 15 de junho de 2025
Quem me dera...
domingo, 29 de outubro de 2023
Criatividade - 50
Sinceramente não tenho tido vontade de escrever nada.
Poesia menos ainda. Vontade zero... na verdade, -50.
A vida anda tão atribulada com os afazeres de trabalho... que não tem sobrado tempo pra criatividade em ramo nenhum.
Eu me sinto só cansada.
Vontade de me aposentar. Porque o trabalho está tão cansativo, tão massacrante.... me sentindo tão sugada.
Me sentido oprimida no trabalho. Não pelas diretoras, mas pela própria SME.
E as crianças estão tão sem limites... ninguém respeita nada em sala.
Então eu ando cansada.
domingo, 21 de fevereiro de 2021
NÃO TENHO ESCRITO NADA
Não tenho escrito nada. A poesia ficou sugada de mim. Gosto de poesia, mas não tenho tido vontade de escrever em versos. Nem sei se alguma hora a vontade vai voltar. Quem sabe para alguma história de criança, mas não sinto mais prazer em escrever.
Algumas outras histórias ainda ficam rondando a minha cabeça, mas minha vontade de escrever poesia é praticamente nula. E escrever histórias é muito pouca.
Então esse lugar está sendo só um museu. Pode ser que mude? Pode, mas sem muita esperança. Espero que entendam. A vida adulta, de um professora de escola pública que se sente extremamente desvalorizada pelo governo não me dá vontade de nada.
Procure outros poetas, outros escritores. Melhor para você.
domingo, 7 de janeiro de 2018
um sonho maluco,
uma fantasia erótica...
estava tudo bem.
Com o movimento certo
a tensão diminuía,
o clamor calava,
um banho frio dissolvia.
Mas vai dizer
ao meu coração maluco
que se apaixonou
por um sonho,
de que não deve
suspirar, desejar,
querer?
Faz o peito se acalmar?
Mata as borboletas
estomacais, mata?
Por quê isso acontece
com as almas mais
incandescentes?
Aquelas cujas palavras
dilaceram e rasgam,
maltratam e tornam eterno?
Eu podia te ver e não tremer,
olhar e deixar passar,
mas eu vejo, olho,
suspiro, angustio, enciumento,
deliro, sonho
e perco a direção.
O chão apagou
enquanto meu coração
martela no peito
feito louco.
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
Capela - 9 de Agosto de 2017
Abraços esticados
nos quais a lacuna
é o tempo.
Eu creio na reencarnação.
Eu sei, eu sei.
Mas alguém,
me faça o favor,
e avisa a saudade
sobre essa verdade
pra acalmar o coração?
Na barriga da mulher aqui;
um corpo que vem,
e há tantos aqui que vão.
A música já dizia
do vai e vem...
Mas a sensação
só vem.
Nunca se vai.
A capela reúne
parentes antigos,
de qualquer classificação,
grau de sangue ou coração.
A capela reúne.
Não é aniversário,
Não é comemoração.
Mas tem um contingente
basilar de emoção.
Os abraços não são calorosos.
São mesmo necessários,
mas dolorosos,
cada um sabe dos seus.
A Capela é a morada inicial da saudade,
Mas do corpo,
O último adeus.
Tua imagem
samba em meus lábios
ao ouvir teu nome.
Até quem me vê
na fila do ônibus
sabe que te tenho
como crush, meu bem!
Rasgo o verbo em elogios
tentando conquistar atenção
com rimas tolas
e eloquência prolixa.
Desculpe, meu bem
(meu Dante, meu anjo),
mas tua imagem
me causa sorrisos bobos
e verborragia
em forma de poesia!
Carla Luz
domingo, 10 de dezembro de 2017
Um poema para Patrick
O amor da minha vida
Mora do outro lado do vidro
Aparece em LED, 4K, HD
Só pra me fazer babar...
O anjo dos meus sonhos
Vive nos palcos da vida
Mudando de rosto,
Cantando milhares de músicas
Dando vida a seres que nem sei...
Aquele que me fascina
Nunca me viu,
Se me viu foi uma vez, quiçá duas,
Mas não me processou na memória...
Eu sigo aqui de longe,
Amando uma imagem impalpável,
Distorcida que nem deve ser ele mesmo.
Aquele que me arranca sorrisos,
Mal sabe de mim.
Que eu sou a mulher da sua vida,
Quem sabe em outra vida
Quando eu for do seu sabor...
Eu sigo só olho, admiração e coração
Na prece muda
De que tudo dê certo
Na vida dele em que não sou.
Nem vírgula estou.
Eu sigo, curto, compartilho, guardo
Cada um dos seus retratos
Dos quais nem memória sou.
O amor da minha vida
É personagem de um livro
Daqueles que nem faço parte
Nem figurante sou escrita.
Meu anjo vive no pensamento
Eu distante
nesse mundo aqui.
Carla Luz
domingo, 3 de dezembro de 2017
Adeus, poema! Adeus!
O poema empacou.
Tudo que escrevi,
apagou.
Toda verdade bem dita
era maldita
pro coração.
Ah! O poema era lindo,
mas foi cortado,
censurado
e fechado a sete chaves.
Quem sabe
o futuro descortinará?
Mas toda a minha emoção
mórbida de poetisa recusada
ficará aqui,
no passado...
esquecido.
Quem sabe um poema
sem sentido
o futuro colherá...
Adeus. poema,
adeus!
Carla Luz