segunda-feira, 17 de julho de 2017

06.10.2016 - Claustrofobia de amar...

Claustrofobia de amar...
Longos anos atrás eu tropecei na paixão.
Arrebentei a cara,
ralei o joelho,
foi pura emoção.
Ganhei saraivada de beijos,
saudades do dia anterior...
Eu era a rainha do seu amor.
Assim pensava eu,
na minha cegueira
da paixão.
Não via nada
além daquilo que eu pintava,
fragilizada
e infantil.
Você abriu os braços
quando mais ninguém abriu,
você salpicou minha face
marcada
com seus beijos doces
e meu coração
amoleceu.
Adoeceu
quando você apertou demais,
quando o abraço,
no lugar de abrigo
virou prisão.
Não pude ir a lugar
algum,
você queria ter noção.
Seu tolo!
Eu sou bicho solto
não pode me prender!
De tanto me pressionar,
acabou por me perder.
E eu me perdi de mim.
Desde aquele abril
eu nunca mais amei ninguém.
Desde aquele último adeus,
eu não confio mais em ninguém.
Eu não confio mais em mim...
Amar se tornou uma lembrança ruim...
Eu tenho medo de gostar.
Tenho claustrofobia de amar...

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