terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Eu não te amo desse jeito,
como quem bebe água depois do deserto.
Isso é paixão.
Quando se bebe, acaba a sede.
Nem como o alimento do faminto.
Isso é saciar o desespero.
Eu vou te amar,
quando o pássaro cantar
e o arco íris aparecer.
Natural, visceral, humano
e independente.
Eu não quero depender de você para ser feliz.
E eu não vou, moreno.
Eu já sou feliz assim,
só.
Eu vou te amar quando
assistir comédia juntos
me fará rir de alegria.
Quando meus olhos
te fitarem com mansidão,
como aquele lago parado
refletindo o mundo, sabe?
Eu vou te amar
quando você olhar para uma criança e pensar em nós.
Quando a minha piada sem graça
te fizer rir,
nem que seja só por ser sem graça.
Eu só vou te amar
quando sentir que é igual.
Sem reciprocidade,
nunca mais.
Por enquanto eu fico no sonho,
no desejo,
no pensamento, moreno.
Quem sabe um dia os céus resolvam
misturar os signos do zodíaco?
Quem sabe nesse dia fatídico
eu me abra.
Quem sabe nesse dia eu te ame...

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