terça-feira, 18 de junho de 2013

LEMBRA, BRASIL!


Estamos num período histórico no Brasil. Um grande número de pessoas sai às ruas para dizer: ISSO NÃO ESTÁ BOM! E junto-me ao grupo de pessoas que pensa que muitas coisas não estão boas. Pessoas reúnem-se nas principais vias dos diferentes estados (e até países, olha só!) para protestar, colocar sua indignação em vista. Nada mais justo.
Os casos de vandalismo não são a maioria, mas é o que a mídia do plim-plim vai mostrar para fazer com que nós, telespectadores, pensemos que todos são vândalos e que os protestos são feitos por jovens baderneiros. Não é assim, meus queridos. Os protestos são feitos por pessoas como eu e você que pegamos ônibus por 2,95 (Rio de Janeiro).
Desde que usávamos vale-transporte de 0,60, os ônibus são os mesmos, os motoristas continuam sofrendo com função dupla, os assentos continuam ruins, quebrados, portas que não fecham direito, degraus para deficientes que não funcionam. Os 2,95 não eram pra isso? Mas porque a passagem aumentou de 0,60 para 2,95 e praticamente nada mudou?
A manifestação não é feita por causa de 20 centavos, mas esses centavinhos foram a gota d’água na paciência do um grande número da população. Com os 20 centavos, vêm a revolta pela educação, pela saúde, pela segurança, pela política (e por mais um monte de coisas).
Há poucas escolas, há falta de professores, há má condição de trabalho... Professores mal remunerados, que não tem material para trabalhar, com alunos que não respeitam, sem reconhecimento e orgulho de dizer “sou professor”. Como querer um professor motivado se o salário dele não pode pagar o preço das coisas mínimas que ele precisa? Como ter um professor feliz se ele não pode protestar? Se ele tem que ficar calado dentro de sala de aula, pois será punido por qualquer coisa que discorde?
E a saúde? Você consegue ser atendido? De verdade ou só te dizem que é uma virose, seja lá o que você tiver? Quanto tempo você fica na espera? O médico é bem remunerado? Tem material pra ele trabalhar? Os enfermeiros têm condições adequadas de trabalho?
Você sai a noite tranquilamente? Melhor dizendo, você sai de casa achando que tudo está tranquilo? Saímos de casa rezando (quem reza, né?) para voltarmos vivos, pois hoje, nem de dia nem de noite há segurança. Cadê a segurança? E não vale só aquela que fica na Zona Sul do Rio para aparentar para os turistas e televisões estrangeiras que está tudo bem. Eu que moro na Zona Oeste fico prisioneira dentro de casa com medo da violência? É isso mesmo?
E a polícia? Tem salário suficiente? Tem um bom regimento? As regras deles são cumpridas ou são oprimidos tanto quanto nós?
Por que há tantos vídeos com “coisas” diferentes do que a mídia diz? Por quê? Eu me pergunto sempre: por quê?
A primeira coisa que me vem a cabeça nos últimos meses é DITADURA. Aquele momento em que só se realiza o que os governantes do alto escalão querem e que o povo não tem direito nem de dizer que não está gostando. Nós, cidadãos, somos privados do nosso direito de protestar, os policiais são obrigados a dar borrachada nas pessoas que oferecem flores, as rádios são bloqueadas porque a Fifa obriga... O que importa é calar e seguir em frente fingindo que nada está ruim? É isso?
Manifestantes! Vocês me representam, sim!
Eu realmente não estou lá com vocês de maneira física, mas eu os apoio e rezo pra que essas manifestações durem muito tempo e que faça as pessoas questionarem e não aceitarem as coisas como estão.
Vamos manifestar sem violência, sem depredar nada. Sei que a raiva é muita e a vontade de quebrar, pichar, derrubar, invadir é grande. Aguentemos. Os fins não justificam os meios. Não podemos perder a razão. Se utilizarmos da violência, da depredação, a mídia vai colocar vocês como os vilões, enquanto os políticos estão bem protegidos em suas casas reforçadas pela polícia (que também é obrigada a fazer o que está fazendo).
E mais do que isso. Quero que a verdadeira manifestação aconteça nas urnas. A verdadeira mudança, revolução, manifestação tem que acontecer nas urnas. A mídia faz a cabeça da grande massa manipulável, que está sujeita a pouca educação e com isso pouco discernimento do que é certo e o que é errado na política.
Quando não temos conhecimento suficiente, achamos que o oprimido é o opressor, principalmente porque a mídia do plim-plim distorce a realidade para ganhar audiência com a população. E isso atrapalha na hora do voto, perdemos a noção do que realmente está acontecendo e do que está sendo maquiado para nos enganar.
Você, amigo que não está na manifestação: não acredite em tudo o que vê na televisão! Vá para a internet, lá as informações estão mais livres de distorções!
Não acredite em tudo que a mídia do plim-plim mostra! Veja as notícias, pense nos motivos das manifestações. Por que elas estão ocorrendo em todo o Brasil? Será que um único motivo (20 centavos) mobilizaria milhares de pessoas em todo o Brasil?

Mas o principal é: LEMBRE-SE!
Lembre-se do Collor que roubou milhões!
Lembre-se do Garotinho com o problema das ambulâncias!
Lembre-se dos que foram contra a ficha limpa!
Lembre-se dos que são preconceituosos e não aceitam as diferenças!
Lembre-se do Sarney que não sai da sua cadeira! Por quê?
Lembre-se das falcatruas de dinheiro na cueca!
Lembre-se do mensalão!
Lembre-se de tudo isso quando estiver na fila do hospital, quando seu filho não tiver escola, quando o preço do tomate estiver caro, quando pagar 2,95 no ônibus, lembre-se quando perceber que as UPPs fazem um cinturão separando o Rio de Janeiro dos turistas do Rio dos pobres; lembre-se que você, funcionário (professor, médico, bombeiro, policial, etc), não ganha bem, não é reconhecido; lembre-se de todos esses problemas na hora de votar e vote diferente. Não vote em quem já está no poder, por que até agora eles não tem feito grandes coisas.
Brasil, não perca a memória!
Vigie seu candidato!
Se ele não faz nada, TIRE ELE DO CARGO! NÃO VOTE NO MESMO!
LEMBRA, BRASIL!
Lembra e vota diferente!
Fazer manifestação é importantíssimo, mas se continuarmos votando nos mesmos canalhas, nada muda. Então vamos mudar!


“Vem pra Urna, que a Urna é a maior mudança para o Brasil” – parafraseando a música do comercial.

Um comentário:

  1. reage zé povinho...
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