domingo, 11 de março de 2012



Às vezes, pergunto-me
o que te preocupa, menina?
O que traz lágrimas caídas
as tuas pálpebras tão jovens?

E tantas vezes as respostas tão confusas
não encontram frase certa para explicação
e ficam assim tão dispersas
num emaranhado de sentimentos
não definidos pelas nossas palavras.

Mesmo nessa indefinição,
elas caem longamente
até o peito, constantes,
cortantes, marcantes.
Vão deixando nariz, lábios e olhos
inchados, marcados, machucados
pela passagem.

E, de uma hora para outra,
elas vão embora dos meus olhos.
E eu fico a perguntar:
quem esteve aqui no meu olhar?
Lágrimas.
Lágrimas que já secaram e foram embora,
mas que não tardarão para voltar.

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