sábado, 12 de novembro de 2011

Henriette I


Eu que andava errante
pelo mundo,
de boca em boca
procurava algo que já nem sabia o quê.
E me vejo vendo você,
um improvável amor
desejado por meu coração
com toda a força
que eu não sabia que existia.

Tua pele alva
como a neve da manhã,
brilhante como
o primeiro raio de sol,
pura e intocável.
Luz do luar que acende
minha noite interior
com o seu ofuscante sorriso.

Como posso ao menos
ter o prazer clandestino
de na tua mão sublime
pode encostar meus lábios
e assim tocar o mais sagrado relicário?

Encontre-me! Olha-me!
Febril, preciso saber
se teus olhos tornaram
minha presença visível
ou se não passo de um artefato
ornamental sem importância
no palácio de tua vida.

Henriette!
Nome tirado da boca dos anjos
e representado pelas nossas palavras mundanas...
Dá-me a honra de sentir-me
pronunciado por teus lábios.
Deixa-me dizer teu nome em voz alta
e reafirmar a todo momento
o que meu coração quer,
ter-te aqui, perto dos lábios
e junto do peito.
Explodo-me por dentro
a menor ideia de estar junto de ti,
tamanha a felicidade
que a tua presença traz.
Deixa-me, assim, espreitar
teus gestos na esperança
de, quem sabe, descobrir-me
entre teus segredos,
morando em teu coração,
do mesmo modo que moras no meu.

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