quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Amor x Amor

Eu passei muito tempo pensando que tipo de amor eu gostaria de ter e receber. Assim... pra me sentir realmente feliz.
E eu vim percebendo que os "amores" que eu tive foram um tanto diferentes daquilo que eu realmente almejo.

O que eu encontrei até agora foram dois... na verdade três tipos de "amor".

O do meio foi meio café, vamos dizer assim... até daria para levar durante a vida toda, mas é meio amargo. Uma gelatina aguada, um biscoito muxu... Nem marvilhoso nem ruim. Só está no meio. E eu não consegui suportar esse meio. Então foi a única vez que mais ou menos deu certo uma relação. Mas não foi suficiente para  mim...


O que eu venho encontrando é como ter o dedo machucado por uma queimadura, ou ter uma farpa. Como uma unha encravada, como delírio de febre alta, sensação de inflamação, enxaqueca, dor de barriga antes da prova, depressão, como vertigem perante ao abismo. Ou então um corte que fica latejando sem melhorar, um nariz entupido, uma fala fanha, uma topada no dedão do pé ou na canela, um mancha roxa que alguém resolveu apertar e que dói. Uma dor de dente ou a dor da limpeza de tártaro, um medo no escuro, uma fome que não se sacia, aquela queimadura do sol que todos esquecem e sempre colocam a mão...


O que eu quero pra mim (e que eu também possa proporcionar) é como uma risada das boas, o alívio do espirro que demorou pra sair, a sensação boa de fazer xixi quando se está apertado, quando se sobe na balança e vê que emagreceu 3 kilos sem regime, quando eu ganho um livro esperado, quando ganho uma promoção, a minha alegria quando tá relampejando, a força que eu sinto quando escuto o som da trovoada, brincar na chuva, tomar um sorvete no verão, vestir uma bermuda e ver que ela tá larga, ganhar um sorriso de um homem bonito, fazer bolinha de sabão, ler um livro num dia de chuva e friozinho, achar dinheiro na bolsa, ganhar um abraço pra matar a saudade, rir sem motivo, abraçar uma criança, ouvir um obrigada (mesmo ficando sem graça), tocar Single Ladies e eu saber dançar, olhar pro melhor amigo e só pelo olhar ser entendida, comprar um casaco de 70 reais e na hora de pagar descobrir que era só 49,90, ir no sebo e achar livros bons por 1 real (e levar uns 10), aquela coceirinha boa nas costas que você coça na parede, um chêro no gangote, um beijo desentupidor de pia, a delícia de ver um negão musculoso passando, fazer uma receita e todos dizerem que eu já posso casar, rir ao ouvir criança falar errado, vender um produto que você mesmo fez, descobrir que o professor resolveu te dar 9 quando vc sabia que mal dava pra tirar 7, se identificar com o tema de monografia e o seu orientador também, massagem nas costas e principalmente nos braços, ouvir sua música predileta e cantar e se puder dançar, a adrenalina de andar na montanha russa, a sensação de poder gritar num show do cantor que vc admira, pegar o HarryPorco e ver que ele tá pesadinho, encontrar outro pottermaníaco e ficar horas falando sobre o assunto...

Essa segunda parte é um pouco do que eu espero proporcionar à alguém e que também espero receber. E eu decidi que se não for assim... eu não quero mais.

Ao longo de tantas mancadas, a gente descobre que não deve se apaixonar facilmente e que deve na maioria das vezes praticamente sempre ficar de boca fechada e deixar as coisas acontecerem se tiverem que acontecer. Um monte de gente ficar sabendo não rola mesmo. lição mais poderosa

Ao mais eu quero um amor claro... vamos dizer que seja um amor azul bebê ou verde claro ou amarelinho ou branquinho e chega de sentimentos escuros e viscosos. como meu ciúme e ataque de raiva e inveja

2 comentários:

  1. é... Amar é a arte de ver no inesperado, de ver as diferenças como soma, pois e fôssemos para ficar na mesma, seria melhor ficar só.
    legal

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  2. É, AMAR É MUITO COMPLICADO...É CORRER ATRÁS DELE É COMO PERSEGUIR A LINHA DO HORIZONTE: QNATO MAIS VOCÊ CAMINHA PARA ELA, MAS DISTANTE ELA ESTÁ... O LANCE É ESPERAR QUE UM DIA DOIS HORIZONTES SE ENCONTREM...

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