quarta-feira, 12 de março de 2008

Eu procuro um novo ideal,
um novo lugar
onde as pessoas sejam diferentes,
que as vozes diferem das conhecidas,
que os olhos nunca tenham
sido vistos por mim...
Mas até num lugar propício
tudo conspirou ao teu favor.
Por que o sorriso de um
me lembrou o teu sorrir,
porque a voz de outro
me lembrou a tua melodia vocal...
As salas vazias clamavam
por tua presença,
os corredores de concreto urbano
pediam o teu perfume;
o teu cheiro natural,
nada além de você:
puro, simples, do jeito que eu apreciso...
E eu achei que nesse lugar,
chamado universidade,
a tua lembrança fosse ficar esquecida,
mas ela permanece viva
em mim.

Por que a saudade de você
não me abandona pra sempre?
Por que o teu sorriso insiste
em sorrir-se no vácuo, no nada
pra me deixar a beira das lágrimas?
Por que?
Se o seu real nem se importa
comigo?
Até o silêncio conspira pra te amar...
porque no não-som, é tua voz que se faz ouvir,
em todo lugar miudezes ao teu respeito...
Impossível não pensar em ti.
Um B perdido num nome qualquer
que me faz pronunciar o teu nome
em voz alta, sem motivo pros demais,
mas cheio de significado pra mim...
E de qualquer virada mais brusca
sinto sentir-te perto,
ver-te passar,
ouvir-te chamar...
Por que a minha ilusão
é tão material? Presencial?
Substancial?

Todo dia penso em você
Ritual diário pra começar bem...
ou mal, nem sei mais.
Mas o dia não é
se não houver um quê de você...
no som, no ar,
na lua, nas pessoas...
nas coisas, nas não-coisas...
em mim...

Eu quero te esquecer, mas algo não deixa e eu não sei o que é.
Será amor?

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