terça-feira, 3 de abril de 2007

Qualquer lugar em teus braços é paraíso

Quando a gente coloca na cabeça que é poeta é uma m****. Não consigo fazer nada mais emocionante sem que as palavras comecem a brotar na minha mente e eu tenha que parar para colocá-las no papel.
Tudo me emociona e me leva às palavras e , também, às lágrimas. Tem horas que isso é um saco! Eu tenho que escrever sempre? Não posso sentir nada, não posso desejar, me encantar, ficar rubra que logo começa aquela avalanche de palavras e rimas, e sentimentos verbais! Acaba ficando bonito, mas cansa, eu fico exaurida.
Hoje, foi um exemplo disso.
Dancei e achei que estava nas nuvens, nos braços do meu cavalheiro (maravilhoso por sinal. Em todos os sentidos), me sentindo a rainha da cocada grega, quando as palavras começaram a surgir, e surgiram numa confusão e euforia que tive que sair da aula, ir na secretaria, pedir um papel, escrever pra, só assim, me acalmar um pouco. Meu Deus!
Mas o momento foi mágico... Ainda estou nas nuvens. Então lá vai as palavras que foram lá.
_________________________________

Poucas vezes sentimo-nos
princesas.
Eu nunca havia
experimentado tal sensação.
Agora percebi que
teus braços morenos
me conduzem aos céus,
me transportam aos
contos de fadas, fazem
das nuvens chão
de meus pés.
Ah! Teus braços e
tua condução...
me levam à qualquer
lugar.
Qualquer lugar em teus braços
é paraíso.
___________________________ Carla Luz

Até na aula de dança há poesia. Depende do dançarino. Se ele tiver a alma infectada pela poesia, acontece isso. Cada passo é um verso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário