quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Entrevista com Pedro Bandeira

Oi mais uma vez.
Achei um entrevista com Pedro Bandeira e como ele é o meu autor favorito e foi por causa dele que eu comecei a escrever e não me canso de ler os livros dele... eu resolvi colocar a entrevista dele aqui. ( O post tá um tanto grandão!)
Matéria retirada do site:http://www.atica.com.br/entrevistas/?e=158


Boletim Ática: Histórias apaixonadas reúne sete contos que destacam iniciações afetivas de pessoas muito jovens. Eles foram escritos em um período de tempo próximo, para serem reunidos num mesmo volume?
Pedro Bandeira: Esses contos são produções muito separadas pelo tempo. Nós, escritores, muitas vezes produzimos algum conto esparso sem nenhuma intenção específica, apenas porque a idéia apareceu e forçou-se a caminhar para o papel. Algumas das idéias deste livro têm mais de 30 anos!

Boletim Ática: Na apresentação que escreveu para o livro, você diz que sempre adorou histórias curtas. Fale um pouco sobre essa predileção. Algumas dessas histórias e seus autores continuam vivos em sua memória?
Bandeira: A leitura de contos me agrada desde muito cedo. Deve ter começado na infância com os contos de Mark Twain e Jack London, que em seguida levou-me aos contos policiais e foi-se encaminhando para Máximo Gorki, [Guy de] Maupassant, Eça [de Queirós], Machado [de Assis]...
A produção de um conto não é tarefa fácil. Apresentar, desenvolver e concluir uma idéia, além de delinear personalidades completas - tudo isso em poucas linhas -, é um desafio gostoso de se enfrentar.

Boletim Ática: Como foi abordar literariamente o afeto juvenil? O que pode dizer sobre as descobertas e conflitos amorosos nessa época da vida das pessoas?
Bandeira: Biologicamente, a atração entre os sexos nasce na puberdade. E isso antes de termos maturidade psicológica suficiente para entender essa mudança tão radical. Por isso é tão atraente para um autor trabalhar justamente essas dúvidas, essas idas e vindas, os reais sofrimentos de amor que surgem dentro de nós, na juventude. Que prato saboroso pra gente se deliciar!

Boletim Ática: A personagem Marina, do conto "Eu quero ficar com você", mantém-se muito firme em suas convicções para experimentar sua primeira "ficada". Como observa o perfil afetivo dos jovens?
Bandeira: Não acho gostoso para as emoções as tais "ficadas". Não sou daqueles autores que pretendem dar lições, longe disso, pois quanto mais envelheço mais dúvidas tenho e minhas certezas se enfraquecem. No entanto, creio ser muito mais gostoso um beijo conquistado, que exige charme, jogo de sedução, toques e olhares. Muito melhor que o simples "ficar". Por isso fiz Marina querer tudo do rapaz que a atraía: ser dele, estar com ele, parecer sua namorada, permanecer ao lado dele, continuar com ele e, por fim, ficar com ele. Acho isso muito mais humano do que um contato físico anônimo, fugaz, sem romance, poesia e lirismo.

Boletim Ática: Você, quando jovem, se apaixonou muito?
Bandeira: Demais! Fui e sou um apaixonado crônico. Graças às minhas paixões, comecei a construir sonetos camonianos "derramados", exagerados, ainda na adolescência. Em alguns deles, o narrador falava até em suicídio se não conquistasse a amada! Confesso que as musas inspiradoras dos meus poemas jamais ficaram sabendo dessa produção literária. Mas foi delicioso ter escrito aquilo tudo inspirado pela paixão que eu realmente sentia.
Talvez por isso eu tenha descoberto Shakespeare tão cedo. Eu decorava e recitava em voz alta para mim mesmo as falas desesperadas de Romeu, em Romeu e Julieta.
Diferentemente de Fernando Pessoa, eu não fingia a dor que sentia; elas eram de verdade mesmo. Gostaria que essas tantas meninas, hoje velhinhas como eu, soubessem o quanto me inspiraram... Acho até que, além de ter sido um leitor compulsivo, esse constante apaixonar-se ajudou-me a tornar-me um escritor.

Viu que homem mais maravilhoso? Ele falando assim parece tanto comigo!
Eu "conheci" o Pedro com A marca de uma lágrima e não parei mais. Lí Descanse em paz, meu amor, A droga do amor, A droga da Obediência, Pântano de Sangue, anjo da Morte, Droga de Americana, Mariana, O fantastico mistério da Feiurinha, O mistério da fábrica de Livros, Bicho de estimação, O grande desafio, Amor impossível...possível amor, O medo e a ternura, Minha primeira paixão, Prova de Fogo, Agora estou sozinha, A hora da verdade, Malassaventuras, acho que só ou foram mais? Nem sei mais! Mas eu amo esse homem! Ele escreve maravilhosamente bem e descreve os sentimentos como foram/como são pra mim.
Agora repara como eu me pareço com ele:
1- Também sou uma apaixonada compulsiva (ao extremo)
2- Meus poemas também são exageraaaaaaados, quase sempre "morro" no fim (calma!)
3- Os musus que me inspiraram ainda não sabem de nada... um dia ainda conto pra eles....
4- Eu também sei de cor as falas de Romeu e Julieta!! Também ficava declamando pra mim mesma as falas!!! Eu não sou louca!!!!!!!! Alguém mais faz isso além de mim!!!!! Eu não sou louca!
5- Foram as minhas paixões que me fizeram escrever! Que lindo! Será que estou no caminho certo? Tomara!!!!!

Se você ainda não conhece Pedro Bandeira, não sabe o que está perdendo. Ele não escreve difícil, não faz poesia concreta, não faz loucuras pra chamar atenção como muitos por aí (e que não têm talento nenhum), mas sabe dizer o que sentimos com a maior sensibilidade. Vale a pena conhecer o Pedro.

Um abraço.... Um abraço não, Um beijão!!!!!!!

4 comentários:

  1. Eu também já li muitos livros do Pedro Bandeira e sou apaixonada por ele! Ele é simplesmente demais! Tomara que eu seja uma escritora tão boa quanto ele um dia!

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  2. odeio suas poesias.mais voce e legal e charmoso

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  3. de vez enquando voce e doido mais gosto de voce .

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  4. legal gosto mt dele queria saber um pouco dele

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