E qualquer dia desses
que passou
ou que chegará
parecia que eu me desfolhava
em novas esperanças
de encontrar
aquele peito para me abrigar.
Uma voz um tanto grave,
aquelas mãos curiosas,
aquela boca ávida...
Eu me pego
criança esperando
o papai noel na janela
enquanto os olhos
marejam de lágrimas
de sono à tua espera...
Ah! Eu queria desamar
essa esperança de encontrar alguém...
Mas por mais que eu grite,
brade a todos os ventos
e recantos
o quanto independente eu sou,
o quão mulher adulta estou...
Falta-me um lugar
aqui do lado.
Um abraço, um sorriso,
um palpitar...
Eu vou seguindo
esperançosa e temerosa.
Por que o amor é
uma corda bamba.
O medo e
a esperança balançam
lado a lado...
Eu sigo, entre o tremor e o gemido
na espera do meu amor...
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