sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

O amor não existe



Eu não acredito mais no amor.
Tudo o que vocês,
simples mortais, sentem
fomos nós que criamos!
Nós, os Poetas.
Não existe esse amor assim,
de "felizes para sempre",
de olhos brilhantes,
de palpitações,
de tremeliques nas pernas.
Isso tudo é farsa, mentira!
Isso tudo é comercio,
isso tudo é loucura
das nossas mentes
que você
inocentemente
acreditou e comprou.
Estou te dizendo, amigo.
O amor não existe.
Você junta os "panos de bunda"
acostuma-se a outra bunda,
aguenta os peidos,
os arrotos e os vômitos,
por meros segundos de gozo,
levam a vida no osso
aguentando o calor em conjunto.
O amor que você declamou não existe!
Para com isso
e vai em frente.
Se você encontrou outra bunda
para sentar ao lado da sua, ótimo.
Mas ela não te ama,
acostuma-te a ti.
O amor não existe a não ser no papel,
nos versos, na Poesia.
Então, pela lógica socrática,
sofística, platônica,
o seu amor não existe,
só o meu.
No mundo ideal, no mundo irreal,
irregular desses neurônios insanos
que não param de pensar
e pular e dizer inverdades
para te enganar.
Pobre transeunte passageiro deste mundo calorento.
Sinto-lhe informar.
O meu amor existe,
pois que sou Poeta.
O seu é mera cópia muito mal feita do meu,
O seu amor não existe.
Conforme-se.

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