Cada palavra ou um verso
é uma lágrima que eu não consegui chorar.
Meu peito encheu-se de ar
e suspirou de tristeza
ao ver tua foto na tela.
A malvada da lágrima
recusou-se a cair.
Então vim aqui
escrever.
Por que meus versos
são minhas lágrimas caídas
derramadas,
sofridas
por um mal querer.
Quintana dizia que fazia poemas
para salvar um afogado.
E pensando bem,
no meu caso,
o afogado sou eu.
Em lágrimas internas
não derramadas.
E antes que elas me sufoquem,
me afoguem,
ponho-as para fora
com rima, sem rima,
para expulsar o que há aqui dentro.
Sentimento demais dá tempestade.
De lágrimas.
Por isso eu verso.
Para não morrer,
para não me afogar
nas lágrimas daqui de dentro.
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