segunda-feira, 11 de março de 2013

Amor Suficientemente Bom

Amor Perfeito não existe.
Existe aquele
suficientemente bom,
razoavelmente,
que tem momentos bons
e outros nem tanto.
Eu preciso de um.
Meio lá, meio cá.
Fosco com fosco,
meio barro meio tijolo,
nem oito nem oitenta.
Mas um amor que sustenta
meu sorriso no dia a dia.
Vai sair comigo,
mas vai ter dia pra ir com os amigos.
Vai dizer "eu te amo",
e tem dia que a coisa vai apimentar!
(E gostosa será pouco para ouvir!)
Vai sujar minha cara de chocolate
só pra me lamber,
vai fazer cara de sem vergonha
só pra me provocar.
Vai rir da minha cara,
vai fazer cócegas,
vai pedir pra ficar só
porque precisa pensar.
Eu vou respeitar.
A gente vai dizer : "a gente se ama e dá espaço"
Vai apertar minha bunda com vontade
e me levar pra cama
e me fazer gozar. Vai sim.
Mas vai ter dia que vai querer só um abraço pra dormir.
Vai ao cinema, ao shopping, a praia, a exposição.
Mas vai ter dia que vai ser gordice,
sair só pra comer mesmo.
Amor bom, tipo risada incontrolável?
Tipo abraço de bebê?
Tipo vento no rosto?
Eu só quero um amor de verdade,
sem falsidade,
sem cobranças indevidas.
Quem ama liberta
o outro
para ele ser o que ele quiser.
E ser junto é uma questão de escolha
e não obrigação.
Por que obrigação é trabalho, labuta, dinheiro, emprego.
Amor é lazer, prazer, orgasmo, leitura, sorriso.
Eu quero um amor sem compromisso
com o ciúme ou o aprisionamento.
Eu quero um amor compromissado
com a alegria e amizade,
com a liberdade
de sermos juntos
um amor suficientemente bom.

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