domingo, 1 de julho de 2012



Não quero nunca mais
aquele amor avassalador.
Porque a gente fica um caco,
arrasado, chorando pelos cantos
e sofrendo feito louco.
E nada poderá ser mudado.
Aprendemos a andar cicatrizados,
só isso.
Mas a dor ainda existe lá
purulenta, esperando só o momento
para sair e exalar sua podridão.

Eu não quero nunca mais derramar
uma só lágrima por amor.
Eu quero um amor tranquilo.
Um amor suave, sem idas ou voltas,
sem cambalhotas ou friagens na barriga.

Eu só quero um amor calminho,
dormir juntinho e criar a filharada.
Um amor maluco regado em lágrimas
Sinceramente... não dá em nada.

Às vezes, se você for poeta,
as palavras bonitas nascem...
Mas poeta não vive direito,
escreve por sofrer enquanto os outros casam,
enquanto os outros tem memórias
e o que tenho eu?
Nada. Só o prazer/desprazer de dizer que nada tenho pra dizer.

Eu não quero mais um amor avassalador.
Ou que um amor calmo apareça,
ou que a solidão confortadora de algora permaneça.

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