quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O par de alguns não ha

Dois corpos
num balançar ritmado
transbordando desejo
em casa gota de suor,
em cada beijo,
em cada toca suave
ou intensificado.

Alguns são agraciados
com a possibilidade de ser amados
e poder conviver e fazer
de seus dias (e noites)
momentos de prazer.

Outros alguns não encontram
em outros braços
tanta afeição.
Vão lidando, vão vivendo,
aprendendo com a solidão.
São pessoas como eu,
sozinhas nesse mundo.
Não invejam o par de ninguém,
não, não.
Cada um com o seu.
Mas o par de alguns não há.


Um comentário:

  1. ninguém é tão bom que não possa ser substituível, assim como ninguém é tão bom que não possa ter outro alguém a altura

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