quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Quartas Feiras

Saudade.
Palavra paroxítona.
Lembra saudar,
tem algo semelhante a
solidariedade, fraternidade, paternidade, profundidade...
qualquercoisa-dade.
Uma palavra mediana.
Nem grande.
Nem pequena.
Mas que dói assim numa quarta feira,
no meio da semana.
Uma coisinha chata
que faz você sentir saudade
de quem não devia fazer drama pela ausência,
quem não merecia destaque no vazio,
nem holofote no não-estar.
Mas quando bate essa saudade...
não há sinônimo ou tradução
que descreva a falta
que você me faz nessas quartas feiras...


------- (pós poema, reflexões, constatações... dê o nome que quiser)
Saudade, mesmo sabendo que não seremos amantes.
Saudade, mesmo sabendo que seremos apenas amigos.
Saudade, mesmo sabendo que sentirei ciúmes de você.
Saudade, mesmo sabendo que ainda me alimento de migalhas imaginárias.
Saudade de você, mesmo você não sentindo a mesma saudade.
Saudade, saudade, saudade. Da voz, da cor do cabelo, das mãos compridas, das pintinhas espalhadas pela pele, do senso de humor, do abraço de chegada e de saída, do silêncio, do quando eu ainda vibro quando estou perto e do quanto me sinto maluca mandando meu coração se calar/acalmar/desenlouquecer e deixar de pensar nisso.
Saudade é um bicho incontrolável. Vem e não pergunta se a gente a quer por perto.

2 comentários:

  1. Bonito. MAs quem é o proprietário dessa saudade toda??hehe bjo

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  2. Deixa quieto, mulé! hahahahaha Não que ele não saiba... Não devia ser uma saudade assim, mas ainda é (e tá deixando de ser aos poucos).

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