Hoje eu não vim fazer poesia.
Eu vim contar uma lição que eu tive e espero que seja proveitosa pra gente.
Essa semana foi uma semana muito complicada pra mim. Me senti horrível, um lixo, menos mulher, infeliz, com vontade de morrer, triste, chorosa, sofrendo, perguntando porque essa tristeza veio acontecer logo comigo, só queria ficar sozinha, não conseguia sorrir direito, perguntando se Deus tava de sacanagem com a minha cara, querendo apagar...
Sábado eu fui ao centro espírita que eu frequento. Não posso dizer que fui com muita vontade, mas eu precisava acalmar meu coração com uma migalha de fé... digo migalha porque não sou uma pessoa muito cheia de fé...
Assiti a palestra que foi interessante, mas até perto do final não era nada além do que eu já estava esperando ouvir.
Ao final, o palestrante resolveu fazer uma "sensibilização" conosco. Ele pediu que fechassemos os olhos e pediu que imaginássemos que estavamos numa sala e que nessa sala estaria alguém (alguens) que vc estava muito chateado. Que você teria alguns minutos pra falar tudo pra ela, pra gritar, xingar, colocar pra fora. Era pra dizer tudo que estava te atormentando.
E eu fiz (na imaginação, tá gente!). Eu gritei, chorei, berrei, falei que tava chateada, questionei essa pessoa porque ele tava fazendo isso comigo, como ele podia não querer ficar comigo, como ele podia me fazer sofrer tanto, que eu queria morrer, que eu queria estar com ele... eu me imaginava gritando, chorando, berrando com ele... mas de uma maneira sôfrega, entende? Imagina alguém chorando, berrando e falando ao mesmo tempo?
Essa imagem representa bem como eu me imaginei gritando com ele. Principalmente porque eu sentia que todo o meu corpo gritava não só a garganta.
Então o palestrando falou que já tinha passado o tempo da gente gritar com quem estava nos deixando chateado. Pediu que a gente respirasse fundo. E agora tinha mais um passo. Nós precisaríamos nos manter calados, porque agora era a vez dessa pessoa falar o que quisesse conosco, falando tudo que ela achava de nós e o que a deixava chateada conosco... E eu consegui ver (na minha imaginação) ele gritando comigo, na mesma intensidade que eu fiz com ele, falando que tava sofrendo, que queria muito estar perto de mim e que eu não tava deixando, que ele era meu amigo e numa hora difícil eu tava só pensando em mim, no quanto doía pra mim e não pensei nenhuma vez no quanto tava doendo pra ele... que também não era fácil pra ele, que eu estava sendo egoísta, preconceituosa, intolerante e que ele estava sofrendo tanto quanto eu com tudo isso. Na mesma intensidade... chorando, gritando, berrando, apontando pra mim...
O palestrante falou para pararmos e respirarmos. Eu nem sei dizer como não chorei como estou fazendo agora pra relatar isso pra você que está me lendo. O palestrante nos disse que as vezes não pensamos no que o outro pensa de nós, e que os nossos defeitos podem ser tão irritantes como os das outras pessoas são pra nós. E que as vezes, no lugar de brigar, ficar chateado, a gente devia recuar um pouco, dar um tempo pra respirar... por que, as vezes, só o fato de recuar e não acusar/atacar já resolve os problemas... já alivia e nos faz analisar melhor a situação.
E isso me deu uma "luz" sobre tudo que tem acontecido.
Eu tenho sido intolerante à diferença sim. Eu tenho sido egoísta vendo que só eu estou sofrendo, como se o meu sofrimento fosse maior do que o dele, como se eu fosse a vítima e ele fosse o vilão... mas não é isso. Não somos vilões, somos só crianças que estão aprendendo a crescer. E eu não quero que a minha burrice/intolerância distancie eu e ele, porque eu não consigo viver sem meu amigo... Eu me senti triste? Sim, mas isso não pode tomar essa proporção, porque é algo infuldável... eu quero voltar a ser ombro, colo, mão amiga e não alguém que tras triteza e que você prefere não ver...
Eu não vou dizer que vai ficar tudo igualzinho como antes de uma semana pra outra. Eu estaria mentindo. Tudo melhora com o tempo. Estou no momento de recuo, de pausa, de respiração... Mas eu já estou tentando ser mais estruturada psicologicamente pra ser menos intolerante/egoísta (e eu ainda incluiria a palavra idiota).
Então, AMIGO...
Que com esta lição nasça em vosso coração novos motivos para amar de forma mais pura.
ResponderExcluirSabemos que este motivo só existira, quando amor de Cristo se tornar uma conquista em nós, pois o que quer ser eterno precisa ser conquistado todos os dias.
Nos somente podemos ser livres se tivermos um dono, um dono que nos administra para o amor. Escute a sensatez de seu coração, ela o ajudara em suas escolhas.
Que hoje e sempre, sejamos senhores de nossos desejos, pois o maior de todos os desejos é ser desejado.
Muitas vezes não gostamos do que o outro é, mas sim daquilo que gostássemos que ele fosse.
O mal-estar é ante-sala do sofrimento, por isso, o amor quando é de verdade, liberta, respeita a vontade do outro.
Não se aflija, não tente prender quem você gosta, pois o melhor controle que você pode ter na vida é a confiança do outro e se ela não mais existe, é porque você também não o tem.
Faça com que o outro reconheça em você, o respeito e o apreço que um dia Deus teve ao te criar.
Há partir de então, quando alguém se aproximar, você poderá dizer, respeite tudo que eu sou, porque eu não sou um território qualquer, eu sou exatamente o espaço a dimensão e o amor que Deus me confiou e me permitiu ser e eu mereço carinho atenção e respeito.
Sejas Feliz. Voe com a leveza de um "passarinho".
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