segunda-feira, 22 de março de 2010

Saudades do vestido azul

Saudade é um bicho chato que não morre.

A gente tenta fazer outras coisas,

ver televisão,

ler milhares de livros,

sair pra dançar,

mas quando menos você espera

a lembrança está lá.

Você foi embora

e a sua cadeira ficou vazia.

Sentei-me nela só pra não presenciar

o vazio na minha frente.

Não que eu fosse tomar

o teu lugar, não, nunca.

Mas só pra não sentir o coração

apertar por ver o seu lugar vago

na sala de aula.

Sinto falta até do seu vestigo azul!

Dos seus óculos enormes

e da sua maneira paulista de contar histórias.

Foi o sorriso de uma amiga

que mudou daqui pra lá.

E o meu sorriso ficou como se fosse banguela,

faltando alguns dentes pra sorrir de todo.

Eu odeio o buraco que a saudade dá,

dessa coisa incurável que dói

num lugar não fisiológico,

não detectável!

É uma dor invisível que não acaba.

Quando você menos espera

ela tá lá, pronta pra te fazer chorar.

Saudades dos seus sapatos de bolinha,

dos seus óculos de besouro...

saudades do seu vestido azul...

Saudades de você, Giu!

Um comentário:

  1. SAUDADES DE MOMENTOS PASSADOS
    DE PESSOAS DE NOSSO AGRADO
    SAUDADES DO BEM QUERER

    SAUDADES DESTE TECLADO
    DE SEU TEXTO COMENTADO
    SAUDADES DE VOCÊ

    SAUDADES DA FAMILHA
    DAQUELA VELHA MOBILHA
    DAQUELE BOLO COM GRACÊ

    SAUDADES É UM SENTIMENTO
    SAUDADES AS VEZES É UM LAMENTO
    SAUDADES É REVIVER.

    ResponderExcluir