Eu decidi que não vou mais escrever pra ele. Pelo menos eu não vou mais publicar. Se a inspiração vier, ela vai ficar guardada no computador ou no papel de rascunho. Não vou mais anunciar aqui.
Me frustra. Apesar de saber que eu tô dando "murro em ponta de faca" (e vou ficar com a mão toda esburacada!) eu preservava (e ainda me pego fazendo isso) um filete mínimo de ilusão. Daqueles sonhos loucos, como se ele fosse decidir, descobrir num dia qualquer o erro de não me amar (do meu jeito). Mudar e ir correndo atrás de mim só pra me fazer entender que me ama... Que louca!
Eu tenho que me forçar a entender que isso não vai acontecer.
Parar de ficar de fora da reunião espírita só pra olhá-lo pela fresta como hoje. E numa luta interna me forçar a sair dali e ir fazer qualquer outra coisa pra não pensar nele, não olhar pra ele.
Para de pensar que ele ligou só pra ouvir a minha voz, como se fosse um apaixonado irrustido com medo de dizer... mas como? Eu já sei que de mim ele não é um apaixonado! Por que insisto em achar que um dia ele vai reparar nisso e eu AINDA estarei esperando? Eu não sou a Adormecida pra ficar esperando por ele.
Ele não é meu Rony Weasley, nem meu Jacob. Ele não é príncipe, pois príncipes não existem. Muito menos encantados!
Eu sinceramente não sei porque ainda me pego sonhando, esperando por ele, olhando pra trás pra ver se ele chegou no domingo, olhando o celular pra, quem sabe, ele me ligar errado. Esperando a sua janela do msn subir com uma louca declaração. Não vai ser assim. O telefone vai chamar como pra qualquer pessoa, pra se falar, pedir um livro emprestado. Normal como dois AMIGOS fazem. Ele vai chegar e eu vou abraçá-lo normalmente como faço os meus dois outros meninos, sem outros interesses implícitos. Por que ele em específico faz tanta diferença? Que coisa especial ele tem que os outros não tem? Tá, uma afinidade praticamente instantânea surgiu entre nós, mas foi amizade. Por que eu cismei que era outra coisa? Porque eu cismo que ainda é outra coisa? Porque se a verdade tá na minha cara? Porque o meu espírito sabe, mas o coração insiste em acreditar no ilusório? Porque? Porque? Eu não sei mais.
E essa internet que acaba comigo! É frase, é atualização, é vídeo, é orkut, é blog... eu não aguento! Eu não posso comprometer-me em não fiscalizar a vida virtual dele, mas eu posso comprometer-me em me meter ainda mais com esses poemas, com essas coisa. Mas já melhorei, não é nele o meu primeiro click, nem o último... e a frequência tem diminuído, mas ainda é todo dia.
Quando eu disse que pararia de chorar por ele, eu parei (demorou, mas foi). Ainda sinto os olhos marejarem as vezes... mas eu não entro mais em desespero. Por que eu o amo. E quem ama aceita o outro como ele é, mesmo que não seja nos meus moldes. Isso eu também custei pra entender. Estou aprendendo, estou caminhando.
Então eu estou decidindo parar com os poemas direcionados pra ele. Não vou dizer que não os escreverei. Se falasse isso estaria mentindo. Pois são os poemas a minha válvula de escape, são a minha maneira de não morrer... eu preciso por pra fora. Mas eu não preciso por tão pra fora, pra todo mundo. Não. Os poemas serão de qualquer outro assunto que não seja ele. Ou melhor, que não seja a minha ilusão acerca dele. (Se for algo de amizade não tem problema!)
Sei que o blog poderá ficar escasso de poemas por isso... mas eu quero evitar o desgaste emocional que já me encontro.... por que eu tô cansada de achá-lo incrível, de gostar do cheiro dele, da voz, dos olhos, das mãos, da altura...
Eu quero ficar SÓ com a parte que me cabe por direito: a amizade sincera que nós temos.Chega de sonhar, Carla. Chega de ter esperança onde a esperança já morreu.
Decisão: chega de poemas de amor pra ele.
Me surpreende a sua decisão, sinal de superação! Parabéns, minha nêga! Beijos, amo você!
ResponderExcluirEspero que vc me ajude a não ter recaídas! Tive vontade de escrever mais vezes (um bom número hehe), mas eu decidi não expor mais. Só peço pra não tocar na ferida, por favor...
ResponderExcluiré isso ai...
ResponderExcluiradoreiii
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