domingo, 29 de outubro de 2023

Criatividade - 50

 Sinceramente não tenho tido vontade de escrever nada.

Poesia menos ainda. Vontade zero... na verdade, -50.

A vida anda tão atribulada com os afazeres de trabalho... que não tem sobrado tempo pra criatividade em ramo nenhum.

Eu me sinto só cansada.

Vontade de me aposentar. Porque o trabalho está tão cansativo, tão massacrante.... me sentindo tão sugada.

Me sentido oprimida no trabalho. Não pelas diretoras, mas pela própria SME.

E as crianças estão tão sem limites... ninguém respeita nada em sala.

Então eu ando cansada.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

NÃO TENHO ESCRITO NADA

 Não tenho escrito nada. A poesia ficou sugada de mim. Gosto de poesia, mas não tenho tido vontade de escrever em versos. Nem sei se alguma hora a vontade vai voltar. Quem sabe para alguma história de criança, mas não sinto mais prazer em escrever.

Algumas outras histórias ainda ficam rondando a minha cabeça, mas minha vontade de escrever poesia é praticamente nula. E escrever histórias é muito pouca.

Então esse lugar está sendo só um museu. Pode ser que mude? Pode, mas sem muita esperança. Espero que entendam. A vida adulta, de um professora de escola pública que se sente extremamente desvalorizada pelo governo não me dá vontade de nada.

Procure outros poetas, outros escritores. Melhor para você.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Ah! Tua imagem é
sempre nota dez
causando furor
aqui dentro do peito.
O tum-tum-tum ritmado,
que na avenida dos amores
era o supremo campeão,
ao pousar os olhos em você
tropeça e erra o ritmo do enredo.
Pode até perder pontos
na desenvoltura,
mas perde bonito
e de coração!

Carla Luz
Se tudo fosse apenas
um sonho maluco,
uma fantasia erótica...
estava tudo bem.
Com o movimento certo
a tensão diminuía,
o clamor calava,
um banho frio dissolvia.
Mas vai dizer
ao meu coração maluco
que se apaixonou
por um sonho,
de que não deve
suspirar, desejar,
querer?
Faz o peito se acalmar?
Mata as borboletas
estomacais, mata?
Por quê isso acontece
com as almas mais
incandescentes?
Aquelas cujas palavras
dilaceram e rasgam,
maltratam e tornam eterno?
Eu podia te ver e não tremer,
olhar e deixar passar,
mas eu vejo, olho,
suspiro, angustio, enciumento,
deliro, sonho
e perco a direção.
O chão apagou
enquanto meu coração
martela no peito
feito louco.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Capela - 9 de Agosto de 2017

Esse poema eu fiz quando a mãe de uma amiga faleceu e eu fui ao enterro...


Reunião de saudades.
Abraços esticados
nos quais a lacuna
é o tempo.
Eu creio na reencarnação.
Eu sei, eu sei.
Mas alguém,
me faça o favor,
e avisa a saudade
sobre essa verdade
pra acalmar o coração?
Na barriga da mulher aqui;
um corpo que vem,
e há tantos aqui que vão.
A música já dizia
do vai e vem...
Mas a sensação​
só vem.
Nunca se vai.
A capela reúne
parentes antigos,
de qualquer classificação,
grau de sangue ou coração.
A capela reúne.
Não é aniversário,
Não é comemoração.
Mas tem um contingente
basilar de emoção.
Os abraços não são calorosos.
São mesmo necessários,
mas dolorosos,
cada um sabe dos seus.
A Capela é a morada inicial da saudade,
Mas do corpo,
O último adeus.

Carla Luz

Tua imagem

Um sorriso malandro
samba em meus lábios
ao ouvir teu nome.
Até quem me vê
na fila do ônibus
sabe que te tenho
como crush, meu bem!

Rasgo o verbo em elogios
tentando conquistar atenção
com rimas tolas
e eloquência prolixa.
Desculpe, meu bem
(meu Dante, meu anjo),
mas tua imagem
me causa sorrisos bobos
e verborragia
em forma de poesia!

Carla Luz

domingo, 10 de dezembro de 2017

Um poema para Patrick

24 de Setembro de 2017...

O amor da minha vida
Mora do outro lado do vidro
Aparece em LED, 4K, HD
Só pra me fazer babar...
O anjo dos meus sonhos
Vive nos palcos da vida
Mudando de rosto,
Cantando milhares de músicas
Dando vida a seres que nem sei...
Aquele que me fascina
Nunca me viu,
Se me viu foi uma vez, quiçá duas,
Mas não me processou na memória...
Eu sigo aqui de longe,
Amando uma imagem impalpável,
Distorcida que nem deve ser ele mesmo.
Aquele que me arranca sorrisos,
Mal sabe de mim.
Que eu sou a mulher da sua vida,
Quem sabe em outra vida
Quando eu for do seu sabor...
Eu sigo só olho, admiração e coração
Na prece muda
De que tudo dê certo
Na vida dele em que não sou.
Nem vírgula estou.
Eu sigo, curto, compartilho, guardo
Cada um dos seus retratos
Dos quais nem memória sou.
O amor da minha vida
É personagem de um livro
Daqueles que nem faço parte
Nem figurante sou escrita.
Meu anjo vive no pensamento
Eu distante
nesse mundo aqui. 


Carla Luz

domingo, 3 de dezembro de 2017

Adeus, poema! Adeus!

























O poema empacou.
Tudo que escrevi,
apagou.
Toda verdade bem dita
era maldita
pro coração.
Ah! O poema era lindo,
mas foi cortado,
censurado
e fechado a sete chaves.
Quem sabe
o futuro descortinará?
Mas toda a minha emoção
mórbida de poetisa recusada
ficará aqui,
no passado...
esquecido.
Quem sabe um poema
sem sentido
o futuro colherá...
Adeus. poema,
adeus!

Carla Luz

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

O amor é perigoso


O amor é algo perigoso.
Acelera o coração,
borboleta estômagos,
gelatiniza pernas,
enciumenta repentinamente,
lacrimeja olhos sem aviso prévio,
anuvia pensamentos,
encaramilhola os cérebros.
A razão paralisa
diante de um coração
apaixonado.
Nada mais escuta,
nada mais racionaliza.
Tudo é toque,
tudo é visão,
Os sonhos dominam os olhos abertos
e expectatizam horizontes.
O amor é algo perigoso.
Se não for mão dupla...
É causa perdida.
Por isso, alerto-me
O amor é perigoso.

Carla Luz

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Poema novo, feito sexta feira, 14 de Julho de 2017

Eu queria
meu verso
assim popular
na boca do povo,
tatuado no muro da esquina
e que o bebum da padaria
de cor soubesse declamar.

Queria que meu poema
arrancasse riso,
arrancasse suspiro,
uma lágrima furtiva,
uma saudade,
um pesar.

Que pudesse mexer
contigo.
Que  te convencesse
que meu amor é puro,
impuro de desejo
nesses olhos castanhos
que os meus verdes
foram pousar.

Queria meu poema
vivo!

Na boca do povo!
No samba enredo,
no palco, novela,
misturado na novena
das beatas que vão rezar.

Deixa meu verso viver!
Deixa eu ser poetisa pra você!
Deixa?

24 de Dezembro de 2015

Enquanto meu vizinho
estoura rojões,
eu como rabanadas,
outros dão "Feliz Natal",
me pego pensando
Onde está Jesus?
Os vizinhos começam uma briga,
alguém vomita de tanto beber,
a TV fala da corrupção,
eu me pergunto,
Jesus, onde está você?
Nos papéis rasgados,
nos presentes espalhados pelo chão,
nas pessoas que se abraçam e falam mal,
Eu me pergunto seriamente,
Há Jesus em meu coração?
Comemos até doer,
bebemos até cair,
presenteamos vários alguéns.
Mas se perguntamos sobre Jesus,
Nos dizem "Jesus, quem? "
Eu com minha barriga cheia,
com um teto pra dormir,
com pai e mãe dando boa noite,
Com mais do que o necessário...
Vejo festanças enormes por aí
nas quais ninguém nem cita
ou lembra de quem é o aniversário.
Vou achando muito estranho
Da nossa parte até muito cruel.
Esquecer Jesus do lado de fora
Convidando só o papai noel.
E eu continuo procurando
em todo o canto,
hoje muito mais enfim.
Onde está Jesus agora?
Onde está Jesus em mim?
Carla Luz

Dance um Tango para mim - 17 de Fevereiro de 2016


Eu não tenho medo da morte.
Ela é senhora cigana
rodopiando sua saia
volte e meia
chamando os tristes...
Tem olhos de brasa,
ora verdes, ora castanhos,
algumas vezes aqueles olhos de ressaca...
Oblíqua e dissimulada.
Cedo ou tarde,
essa dama me dará seu abraço.
Seria tolice minha dizer
que não anseio,
que, vez por outra,
não desejo-A ardentemente!
Mas, agora, deixe que Ela dance em outro palco...
Ela aí, eu aqui.
Volte e meia Ela volta
e dança pra mim,
tentando seduzir-me,
cantando seu cântico de Iara...
Minha parte poetiza, idolatra-A,
idealiza-A, anseia por Ela.
Minha parte humana,
respeita-A, mas A quer longe.
Por hora, Senhora,
fique aí.
Dance para seus escolhidos...
E quando eu for a escolhida,
por favor,
dance um tango pra mim.

9 de Abril de 2014

A bela noite no firmamento chegou
com as estrelinhas brilhantes do céu.
Pai Xangô me proteja com seu machado,
Mamãe Iansã me cobre com seu véu.
Que Oxalá guie meu sono em Orum
Para ver Nanã, minha boa avozinha.
Que ela me dê muitos conselhos
Para eu aprender a ser boa menina.
Com as benção de todos os Orixás
Eu fecho meus olhos pra deitar
Que eu encontre paz nessa terra,
em qualquer lugar que eu passar.